Livramento

Vereador situacionista Cidão Aracatu tenta contemporizar questão da saúde em Livramento, mas faz críticas à gestão municipal

Cidão reconheceu que existe uma falta de médicos especialistas no município

Por Tiago Rego | Jornalista

  • Não é de hoje que a situação da saúde pública em Livramento tem sido queixa recorrente por parte dos munícipes. Na última sessão da Câmara de Vereadores (CVL), realizada na sexta-feira (15), Josemar Miranda (PSD), o Zemar, tornou público o caso de uma mulher do distrito de Iguatemi que não pôde realizar um parto cesariana no Hospital Municipal por falta de soro fisiológico. Para Zemar, a gestão do prefeito Ricardinho Ribeiro (REDE) faz uso de construção e reformas como vitrine, mas se esquece do básico, que são os médicos e os insumos. Quem também se mostrou insatisfeito com a situação do setor de saúde no município foi o vereador situacionista e fiel escudeiro do prefeito, Cidão Aracatu (PL). O parlamentar bem que tentou contemporizar a deficiência ao nacionalizar a questão, mas não conseguiu deixar de expressar a insatisfação com a rede de saúde pública livramentense. “Todos aqui temos que lutar por uma Bahia melhor, por um município melhor, mas temos que fazer a nossa parte. Se vocês acham que a saúde está um caos na Bahia, por que dar sequência? Por que não mudar o administrador? Por que não mudar o governo para poder fazer uma diferença? E hoje eu faço aqui uma crítica que serve para o prefeito municipal, governo estadual e governo federal, que tenha um pouquinho respeito com o ser humano. Para de querer fazer, como o vereador Zemar falou — ‘elefantes brancos’ — , e deixando nosso povo morrer à míngua”, pediu o legislador. Cidão ainda trouxe à tona o caso de outro morador de Iguatemi, que faleceu sem ter tido uma consulta com um neurologista. “Eu me senti ninguém ontem (14), sem ter condições de fazer algo por alguém, a pessoa clamando dentro de um hospital, dentro de uma UTI, por uma avaliação com um neurocirurgião. Morreu, veio a falecer, o senhor da nossa comunidade chamado Raimundo, com 57 anos. Morreu sem a avaliação de um neuro. Aí eu te pergunto: que país nós estamos? Será que o governo, será que o município para manter uma UTI como Brumado, não tem condições de contratar um neurocirurgião duas ou três vezes por semana? Aí eu pergunto: morreu pela questão do derrame ou falta de atendimento médico”, indagou. Cidão ainda fez menção a Ricardinho dizendo que ele viabilizasse junto ao futuro governo estadual médicos especialistas para a cidade.

     

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