Coluna do Tiago

Sem marca de governo, o rótulo de administrador caiu por terra, e Ricardinho se mostra quem verdadeiramente é: um perseguidor

Ricardinho pregava contra aquilo que ele chamou de “velha política”, quando bradava em praça pública que “perseguição nunca mais"

Por *Tiago Rego | Jornalista

Até árbitro de futebol amador do Campeonato Rural. Não votou no prefeito Ricardinho Ribeiro (REDE), não apita os jogos. Foi o que revelou o vereador Márcio Alan (PSD), na última sessão da Câmara de Vereadores de Livramento. Ninguém escapa da famigerada caderneta do prefeito. Nos últimos dias vieram à tona áudios que circulam nas redes sociais que são ultrajantes à democracia. No conteúdo das gravações, artistas e comerciantes falam que existe um crivo para participar das atividades promovidas pela Prefeitura Municipal — a de ter votado em Ricardinho, e não só isso; é necessário ter feito campanha —, como bem disse o forrozeiro Arthur Coelho, que poderá ficar fora da Festa da Estocada, após ter sido um de seus idealizadores. Professores também afirmam que estão sendo perseguidos e até mesmo sofrendo assédio moral. O mais interessante de tudo isso é que, o ainda candidato, quando era referência por sua atividade empresarial, o fruticultor bom de conta, com verve administradora, Ribeiro pregava contra aquilo que ele chamou de “velha política”, quando bradava em praça pública que “perseguição nunca mais!”. O certo mesmo é que sua administração já tem 5 anos e quase 5 meses, e o que o livramentense assiste é uma gestão sem marcas, ou como os analistas políticos dizem, sem vitrine, sem preservação de espaços públicos, fechamentos de escolas, construção de elefantes brancos, que se vale de pequenas intervenções de infraestrutura, em que seus acólitos usam como estandarte na tentativa de conferi-lo o epíteto de prefeito obreiro, mas a gestão Ribeiro vai deixar como legado a sua antipatia junto à população, como pôde ser observado na Festa do Passa Quatro, quando Ricardinho inaugurou o largo do forró, onde não recebeu nenhuma saudação, o que provocou visível constrangimento aos deputados Marquinho Viana e Zé Rocha, rejeição esta, que só não é maior que sua sanha tacanha de perseguição.

*Tiago Rego é jornalista formado pela Faculdade de Comunicação (Facom) da Universidade Federal da Bahia, especialista em democracia digital, marketing político em redes sociais e redes de afeto político.

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