Resultado do Datafolha causa apreensão em aliados de ACM Neto, revela colunista do UOL

Por Tiago Rego | Jornalista

• Se os números do Datafolha estiverem corretos, as eleições presidenciais de 2022 devem ser decididas mesmo entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL). Isso porque, no levantamento divulgado na quinta-feira (26), mostra Lula com 48% das intenções ante 27% de Bolsonaro, sendo que o terceiro colocado, Ciro Gomes (PDT), aparece com apenas 7% das intenções de voto. Com este cenário, os pré-candidatos ao Executivo estadual já estão se movendo para escorar em Lula ou Bolsonaro, a depender da conveniência, evidentemente. No caso da Bahia, Lula goza de ampla preferência do eleitorado, que conforme projeções do PT, o estado deve lhe conferir uma votação em torno de 70%. E é exatamente a forte influência de Lula em terras baianas que tem deixado os aliados de ACM Neto (UB), pré-candidato ao governo da Bahia, de cabelo em pé, conforme revelou o colunista do UOL, Tales Faria. De acordo com Tales, aliados de Neto temem que a mesma história dos anos de 2006, 2010 e 2014, se repita em 2022, quando Jaques Wagner (PT) e Rui Costa (PT) venceram as eleições mesmo não sendo favoritos, mas foram ungidos por Lula, sendo que em 2014, primeira eleição de Rui, o PT já sofria um processo de desgaste. Até o momento, ACM Neto diz que sua candidatura é independente e que, portanto, não deverá se associar a nenhum candidato presidencial. Escreveu o colunista: “Bolsonaro lançou um candidato no estado, o ex-ministro da Cidadania João Roma. Com isso, ACM Neto viu-se obrigado a não apoiar nenhum nome. Mas seus aliados já estão assustados: ou acerta o apoio à sua candidatura com o PT ou Bolsonaro, ou corre o risco de ser atropelado pela polarização nacional.”