O advogado pífio
Por *Tiago Rego | Jornalista
Existe uma máxima em política que diz que a crítica não governa, mas empurra para governar, ou seja, fiscalizar e propor é fundamental para o aperfeiçoamento da gestão pública, mas os vereadores que integram a base de apoio do prefeito de Livramento, Ricardo Ribeiro (REDE), o Ricardinho, parecem que ainda não conhecem esta máxima, e se comportam como uma espécie de ‘puxadinho’ do gabinete do chefe do Executivo livramentense, postura que é altamente nociva para o município. E neste contexto, nos últimos tempos, tem se destacado José Roberto Caires (PSD), mais conhecido como Zé de Vital. Zé foi eleito com o grupo oposicionista, mas acabou mudando de lado meses depois, por conveniências outras. De lá pra cá, Vital tenta a todo custo, com pouca habilidade retórica, justificar o seu embarque ao grupo situacionista. Zé até que faz malabarismos em seus pontos de vistas; faz uma contemporização aqui, outra acolá, mas sempre de forma subverter a pauta discutida, o que lhe rendeu a pecha de ‘advogado’ por parte de seus dissidentes. A última dele [Zé de Vital] diz respeito a pavimentação da Rua do Areião, que foi questionada pelo seu colega Josemar Miranda (PSD), o Zemar, em relação a execução do projeto, o custo, extensão e origem orçamentária. De imediato, Caires rebateu os pontos legítimos do seu par, com o pífio argumento que é preciso esperar a obra ser concluída, para só assim, poder criticar, o que não condiz com a atribuição de um parlamentar, que consiste, entre outras prerrogativas, em fiscalizar o emprego de recurso público, bem como a origem deste.
*Tiago Rego é jornalista formado pela Faculdade de Comunicação (Facom) da Universidade Federal da Bahia, especialista em democracia digital, marketing político em redes sociais e redes de afeto político.
