Memória Jornalística

Internautas resgatam matéria da Veja sobre prisão de Bolsonaro por planejar atentado a bomba contra Exército

Bolsonaro foi preso em 2 de setembro de 1986 por transgressão grave, acusado de ter ter ferido a ética, gerando clima de inquietação no âmbito da organização militar

Por Tiago Rego | Jornalista

  • O que muitos não sabiam antes de 2018 é que o passado do presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição, é marcado por contradições. Além de ter defendido o aborto em uma entrevista concedida para a revista Playboy, em 1998, o capitão reformado do Exército do Brasil foi preso por tramar um atentato a bomba contra quarteis do Rio de Janeiro. Segundo a revista Veja, em matéria publicada em maio de 2017, o próprio Bolsonaro admitiu que teria cometido atos de deslealdade e indisciplina. “Admitiu em 1987 ter cometido atos de indisciplina e deslealdade para com os seus superiores no Exército, segundo revelação feita nesta segunda-feira em reportagem do jornal Folha de S. Paulo. A admissão ocorreu em uma investigação interna conduzida pelo Exército com base em um artigo e uma reportagem publicados por VEJA – o primeiro, escrito pelo próprio Bolsonaro, foi publicado em 1986 e nele o capitão reclama que “o salário está baixo”; a segunda, em 1987, revela que ele elaborou um plano que previa a explosão de bombas em quartéis e outros locais estratégicos no Rio de Janeiro”, diz trecho da reportagem da revista. Por conta da trama, que contou com a participação de um colega de quartel, Fábio Passos, Bolsonaro foi preso em 2 de setembro de 1986 por transgressão grave, acusado de ter ter ferido a ética, gerando clima de inquietação no âmbito da organização militar” e também “por ter sido indiscreto na abordagem de assuntos de caráter oficial”. O obscuro passado militar de Jair é contado no livro “O Cadete e o Capitão”, de Luiz Maklouf de Carvalho, que pode ser adquirido facilmente, em lojas do gênero, em formato físico e digital.
Botão Voltar ao topo