Brasil

Em áudio vazado, irmã do ex-PM Adriano da Nóbrega, afirma que o governo Bolsonaro ofereceu cargos por sua morte

“Ele já sabia da ordem que saiu para que ele fosse um arquivo morto", disse a irmã de Adriano

Por Tiago Rego | Jornalista

  • Em um áudio vazado de Daniela Magalhães da Nóbrega, irmã do ex-Polícia Militar (PM), Adriano da Nóbrega, morto na Bahia em 2020, aponta que o governo Bolsonaro teria oferecido cargos pela morte de Adriano. Uma escuta telefônica feita pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, mostra áudios enviados por Daniela para uma tia. As gravações foram reveladas pela Folha de S. Paulo. A irmã de Adriano diz que soube de uma reunião no Palácio do Planalto, quando teria sido deixado claro o desejo do governo de realizar uma “queima de arquivo”. “Ele já sabia da ordem que saiu para que ele fosse um arquivo morto. Ele já era um arquivo morto. Já tinham dado cargos comissionados no Planalto pela vida dele, já. Fizeram uma reunião com o nome do Adriano no Planalto. Entendeu, tia? Ele já sabia disso, já. Foi um complô mesmo”, diz trecho da conversa. Histórico – Adriano, que era capitão da PM, era acusado de ser chefe de uma das maiores milícias do Rio de Janeiro. Pesava sobre ele também a suspeita de envolvimento com peculato ou ‘rachadinha’, como é conhecido a prática, no gabinete de Flávio Bolsonaro, ainda deputado na Assembleia do Rio de Janeiro (Alerj), que tinha como operador Fabrício Queiroz. A relação entre o filho mais velho de Bolsonaro e Adriano era tão estreita, que mãe e esposa do ex-militar foram empregados do gabinete de Flávio.

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