Opinião

Eleições em Livramento: O bolo é pequeno, mas a fome é grande

100% dos ataques são oriundos de pessoas que mantém alguma relação comercial com a Prefeitura Municipal

Por Tiago Rego | Jornalista 

  • Na última semana, o blog Sudoeste em Pauta veiculou uma matéria em que aponta para uma denúncia de assédio laboral, em que servidores municipais estariam sendo coagidos a participar de atos de campanha, bem como fazer propaganda eleitoral para a candidata situacionista, Joanina Sampaio (PSB). Por medo de represália, a funcionária pediu para não ter seu nome divulgado, mas garantiu que não irá votar em Sampaio, pois, segundo a própria, além de receber um salário abaixo da média de mercado, não tem obrigação nenhuma com a candidata. Evidente que o houve muito barulho, principalmente, por parte da “vassalagem”, que são os mais raivosos e desesperados, afinal de contas, caso a derrota da vice-prefeita se confirme, a pergunta que fica é a seguinte: o que eles vão fazer da vida? Portanto, entendo e sou compreensivo que eles agem movidos por instinto de sobrevivência. Ímpeto este, que alude o de esfomeados em busca de uma pequena fatia de bolo, aliás, fatia não, migalhas, pois quem come tal fração, nem sempre aparece na folha de pagamento. E por falar em instinto de sobrevivência, no dia de hoje, o canibalismo virtual se manifestou em uma quantidade imensa de ataques, intimidações, desaforos e ilações que eu recebi nesta manhã e parte da tarde, em meu WhatsApp, para o meu deleite, o que arrancou de mim muitos risos, apesar da pena que sinto de todos eles. Fui chamado de mal amado, de que estou ganhando migalhas, até um print de um storie que fiz no ano passado, em razão da visita do governador Jerônimo Rodrigues (PT), trouxeram à tona, quando na verdade, o motivo de eu estar na inauguração, era justamente o de cobrir a passagem do governador, evento este, em que fui remunerado para reportar, nada mais comum na vida de um jornalista que produz conteúdo independente.Sem contar que meu histórico oposicionista pesa a meu favor, porque, jamais, por dinheiro e trabalho algum, colocaria a profissão em que eu me orgulho tanto em prol da continuidade de um projeto de poder que está sendo responsável pelo sucateamento da administração pública em todas áreas. Não existe um setor sequer na atual gestão que funcione. O social inexiste, a falta oferta de saúde pública obriga os livramentenses a realizarem rifas, a pedirem doações via Pix, sem contar na perseguição implacável do propenso projeto de coronel, que pretende voltar daqui a quatro anos, que já está se achando o dono de Livramento, que faz uso do poder para punir barraqueiros, artistas da terra e até mesmo os árbitros de futebol, numa demonstração de pequeneza e falta de espírito público. Por isso, ratifico que jamais, por dinheiro algum, iria militar para a continuidade de um governo patrimonialista, em que a Prefeitura está repleta de contratos duvidosos, com licitações nebulosas, cujo o único objetivo é se servir do poder, mas sem servir a nossa gente, e o que é pior: não gera inconformação e nem notinhas de repúdio por parte daqueles que dele parasitam.

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