Política

De olho no apoio do UB, em encontro com senadores, Lula confidencia que não pretende criticar ACM Neto

Para Lula, uma vitória no primeiro turno frustraria uma eventual tentativa de golpe de Bolsonaro

Por redação 

  • O tom ameno adotado por Lula (PT) quando visitou à Bahia, em relação às eleições estaduais, tem uma razão de ser — conforme foi divulgado pelo jornal Folha de São Paulo, o ex-presidente está de olho no apoio do União Brasil (UB), partido de ACM Neto —, e o ex-prefeito de Salvador seria peça chave numa futura aproximação. Por isso, a campanha de Jerônimo Rodrigues (PT), pré-candidato ao governo baiano,  não deverá contar com ataques de Lula a Neto. Na verdade, Lula quer mesmo uma grande aglutinação partidária em torno do seu nome, o que inclui o UB e o PSD de Gilberto Kassab. Em um almoço com parlamentares aliados e com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), na quarta-feira (13), o petista justificou sua aproximação com adversários históricos sob o argumento de que é essencial haver uma vitória sua já no primeiro turno, já que desta forma, uma possível tentativa de golpe de Bolsonaro (PL), perderia força em caso de uma vitória sem a necessidade de dois turnos. Ainda sobre o almoço, o petista teria afirmado que até preferiria uma disputa em dois turnos, mas dado os arroubos autoritários do presidente, para o bem do país, seria melhor ‘liquidar a fatura’ logo no primeiro. Visando este feito, que só foi realizado por Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Lula deverá buscar ainda o apoio de André Janones (Avante), de Simone Tebet (MDB) e de Ciro Gomes (PDT), porém, este último, já afirmou categoricamente, que irá levar sua candidatura até o fim. Por enquanto, conforme o último Datafolha, Lula lidera a corrida presidencial com 47% das intenções de voto, o que lhe garantia a vitória no primeiro turno.

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