Livramento

Com R$ 2 milhões em aluguel de veículos, e apenas R$ 466 mil para a Cultura, fica fácil entender o motivo da não realização do São João em Livramento

Por Tiago Rego | Jornalista

  • O secretário de Esporte e Cultura, Hugolino Lima, praticamente descartou a possibilidade de realização do tradicional São João da Praça João Marques de Oliveira. Em uma de suas justificativas, Hugolino afirmou que Livramento está voltando de uma pandemia e, portanto, não há condições da realização de um festejo de grande porte. A alegação do secretário seria até plausível, mas Lima não levou em consideração os números da pandemia da Covid-19 em Livramento. O município é o campeão disparado de óbitos da Bacia do Paramirim, o que é um dado explícito da negligência e do pouco caso que o coronavírus foi tratado na cidade pela Prefeitura Municipal. Mas a realização do evento é, acima de tudo, uma questão orçamentária que deriva das prioridades da gestão do prefeito Ricardinho Ribeiro — enquanto R$ 2 milhões são gastos com locação de veículos, apenas R$ 466 mil da receita livramentense são destinados para a pasta da Cultura —, o que faz de Hugolino uma espécie de secretário decorativo. Com isso, Livramento perde, pois os eventos culturais são grandes fontes de geração de renda que movimentam toda cadeia produtiva, desde a rede de hotéis da cidade até o trabalhador autônomo que transformou a garagem em um improvisado salão de beleza.

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