CBF irá investir em publicidade para dissociar camisa da Seleção Brasileira do bolsonarismo

Por Tiago Rego | Jornalista

• Desde os movimentos de julho de 2013, que a camisa da Seleção Brasileira de futebol tem sido usada para fins políticos como símbolo de patriotismo. De lá para cá, a amarelinha foi praticamente ‘sequestrada’ por grupos de direita, se tornando um ícone do sentimento que se opõe ao Partido dos Trabalhadores (PT). No entanto, uma das maiores crises de identidade vivenciada pela peça que compõe o uniforme do escrete canarinho aconteceu com a ascensão de Jair Bolsonaro à presidência da República, momento em que o manto considerado sagrado pelos torcedores brasileiros se tornou um RG bolsonarista. Pois é certo que a apropriação da bata pelo bolsonarismo implicou nas vendas do ítem e até mesmo na torcida pelo time brazuca, que de unanimidade no passado, enfrenta resistência nos tempos de hoje. No entanto, agora, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) prepara uma ofensiva publicitária para dissociar a blusa de movimentos de extrema direita. De acordo com matéria do jornalista Rodrigo Mattos, para o UOL, um vídeo está sendo produzido, que será exibido na TV aberta e fechada, além das redes sociais, que terá como música tema, a canção de Lulu Santos, “Tão bem”. “Ela me faz tão bem, Ela me faz tão bem/Que eu também quero fazer isso por ela”, que é uma referência à camisa da Seleção, que nas palavras do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, todos os brasileiros podem se sentir bem com ela [camisa].