Economia

Caso proposta de Guedes fosse adotada desde 2005, salário mínimo seria de R$ 699

Vale ressaltar que, o governo Bolsonaro optou por não renovar a política de ganho real do mínimo em função do ajuste nas contas públicas

Por Tiago Rego | Jornalista

  • Paulo Guedes, ministro da Economia de Bolsonaro, nunca escondeu de sua equipe ministerial o desejo de congelamento do salário mínimo, principalmente dos servidores públicos, em que Guedes chegou a chamar de “inimigo”. Recentemente, o jornal Folha de São Paulo revelou que Guedes pretende, caso Bolsonaro (PL) seja reeleito, que o salário mínimo seja desvinculado da inflação do ano anterior, para ser reajustado de acordo com uma projeção da inflação do ano corrente, o que implicaria em congelamento do valor ou até mesmo diminuição. Se esta política salarial estivesse sido colocada em prática desde 2005, conforme cálculos da economista Carla Beni, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o salário mínimo seria R$ 699, ou seja, R$ 99 a mais do que o Auxílio Emergencial (antigo Bolsa Família) que será pago até dezembro pelo Governo Federal, bem distante dos R$ 1.212 pagos atualmente. Vale ressaltar que, o governo Bolsonaro optou por não renovar a política de ganho real do mínimo em função do ajuste nas contas públicas. Se houvesse renovado, o mínimo de 2023, previsto para R$ 1.302, poderia chegar perto dos R$ 1.360 (considerado o crescimento do PIB de 4,6% em 2021).

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