Apesar da larga desvantagem para Lula, Planalto recebeu com certa ‘tranquilidade’ os novos números do Datafolha

Por Tiago Rego | Jornalista

• Quando a pesquisa Datafolha foi divulgada na última quinta-feira (23), faltavam pouco mais de 100 dias para o primeiro turno das eleições presidenciais. E os números do instituto apontam para um cenário relativamente cristalizado entre Lula (PT), que lidera a corrida com 47%, e Bolsonaro que marcou 28%, ou seja, o petista tem uma vantagem de 19 pontos percentuais. Na mais recente pesquisa, pouco mudou em relação ao levantamento foi pelo Datafolha em maio, pois os dois pré-candidatos oscilaram um ponto percentual, mas dentro da margem de erro, o que é péssimo para Jair Bolsonaro (PL), pois a equipe de campanha do presidente acreditava que a esta altura do campeonato, Bolsonaro já teria pelo menos encostado em Lula. No entanto, mesmo diante da tragédia dos números, o Palácio do Planalto recebeu com certa ‘tranquilidade’ o resultado do Datafolha, e por uma razão simples: o governo vem passando por uma turbulência desde o mês passado por causa do caso que culminou nas mortes do jornalista Dom Philips e do indigenista Bruno Pereira e, para piorar, na semana passada, houve a prisão do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, em consequência de uma investigação Polícia Federal (PF) que envolve um verdadeiro balcão de negócios de liberação de recursos do MEC a pastores ligados a Bolsonaro. Portanto, a equipe de campanha do chefe do Executivo acredita, em consonância com os analistas políticos, que Bolsonaro não decresce mais. Porém, o grande desafio dos marqueteiros é diminuir a diferença para Lula, agora, a menos de 100 dias das eleições.