Opinião

Sobre o apoio do SN a Lula: não há imparcialidade quando o que se está em jogo é a democracia

Com uma ruptura democrática, o jornalismo é o primeiro instrumento fiscalizador a ser ceifado

Por redação SN

  • O jornalismo não é considerado o quarto poder à toa. O jornalismo é o cão de guarda da democracia, pois fiscaliza, investiga, aponta irregularidades, informa, checa fatos e, acima de tudo, alardeia a verdade, em tempos que as fake news tentam a todo custo deslegitimar a atividade jornalística. Nestas eleições, o Sudoeste em Pauta – Notícias (SN) se posicionou claramente em defesa da democracia ao apontar as ameaças que a manutenção do futuro ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) representava ao país. Enquanto presidente, Bolsonaro nunca escondeu a sua sanha golpista, aliás, propensão esta que se revelou desde os tempos em que era um desimportante deputado do baixo clero, quando disse em uma certa feita, que por meio do voto, nada seria mudado no país, e o Brasil necessitava passar por uma guerra civil. E ele bem que tentou. Era desejo de Bolsonaro aumentar o número de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), para que assim, com uma corte turbinada, rezasse a sua cartilha golpista. Era também desejo do ainda presidente a destituição do ministro Alexandre de Moraes, que entrará para história brasileira como principal contentor do arroubo antidemocrático de Jair. Bolsonaro tentou de tudo: atacou ministros, convocou atos golpistas, atacou o STF, colocou em dúvida o sistema eleitoral brasileiro, exemplo pro mundo em lisura, rapidez e eficiência, quis o retorno das famigeradas cédulas de papel e, por fim, derrotado, ainda que negue, insufla uma diminuta, mas perigosa parcela de seu eleitorado, a obstruir rodovias, o que conta com a boa vontade da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que foi bolsonarizada durante seu triste governo. Mas no fim, triunfou a democracia representada pela candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o único que se demonstrou capaz de enfrentar a máquina estatal, de resistir ainda a uma rede gigantesca de desinformação, de resistir ao gabinete do ódio, a milhares de igrejas lideradas por falsos pastores exploradores da fé alheia, empresários com mentalidade escravocrata que coagiram seus funcionários para voltarem contrários a Lula, representantes do agro-troglodismo, garimpeiros, sem contar na própria PRF que tentou impedir que nordestinos fossem votar. Portanto, o SN apoiou Lula com ampla convicção de estar do lado certo da história, por defender o direito de uma imprensa livre e independente, por defender o direito de fazer oposição, pois em caso de ruptura democrática, o jornalismo é o primeiro instrumento da sociedade civil a ser ceifado. Por tudo isso, viva o Brasil, viva a democracia, viva o jornalismo brasileiro.

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