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Chega ao fim o governo mais nefasto de todos os tempos do Brasil

Bolsonaro não reconheceu ainda que foi derrotado

Por Tiago Rego | Jornalista

  • Já haviam se passado quase três horas da apuração dos votos. Enquanto petistas comemoravam na Avenida Paulista, do outro lado da festa, separado por mais de mil quilômetros, mais precisamente no miolo do território brasileiro, em Brasília, no Palácio do Planalto, o silêncio da derrota era tão ensurdecedor quanto o alarido dos vitoriosos. Então, o presidente não reeleito pediu para ficar só em dos cômodos da moradia que terá que deixar daqui a dois meses, apagou as luzes, e foi dormir dopado por drogas do sono, como é costumeiro de todo derrotado arrogante, presunçoso, que em meio a sua mente doentia de sociopata, acreditava que a maioria dos brasileiros iam conferir mais um mandato a um diletante, um arruaceiro, um irresponsável, vagabundo, insensível, desqualificado, de capacidade intelectual limítrofe, chulo, soberbo, desaforado, que empurrou mais de 45 milhões de trabalhadores para a informalidade, que matou mais de 500 mil pessoas, quando incentivou o não uso de máscaras e o boicote às vacinas, dos 33 milhões de brasileiros da fila do osso, do combustível caro, dos zumbis com camisa da CBF armados com fuzis, do garimpo ilegal, do tráfico de madeira, da queimada da Amazônia, do PIB de Guedes, da renegação dos ícones culturais do Brasil, do negro capitão do mato da Fundação Palmares, do ator fracassado da Secretaria de Cultura, dos pastores do MEC, o orçamento secreto, da ministra da Mulher que divulgou dados de adolescentes estupradas, da prótese peniana, do viagra, do desmonte das universidades, dos ataques à imprensa e etc. A derrota de Bolsonaro não poderia ter tido uma imagem mais simbólica — a metáfora perfeita do que foi seu nefasto mandato: um governo sem brilho, sem sonho, sem esperança, de um país que passou quatro anos conduzido no escuro —, pelo maior acidente histórico da República brasileira. Apagou-se as luzes, fim do espetáculo de horrores.

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