Ao contestar resultado das urnas, João Cambuí deveria ter respeito aos livramentenses que o elegeram vice-prefeito

Por Tiago Rego | Jornalista

• Anacrônico, decadente, ressentido e desvairado. Aprendi na escola de jornalismo que um jornalista deve evitar, sempre que possível, tecer adjetivos aos personagens, mas é impossível não adjetivar a postura do ex-vice-prefeito de Livramento, João Cambuí. De passado comunista, quando militou durante muito tempo no PCdoB, João tinha em Fidel Castro e em Cuba seus ideários de chefe de Estado e de nação, respectivamente. Inclusive, à época de candidato, em 2004, defendeu que Livramento adotasse uma espécie de regime cubano, quando trajado com uma camisa vermelho sangue, proferiu, na hoje Praça João Marques de Oliveira, a frase que se tornou um emblema daquele pleito: “acorda, Livramento, Livramento, acorda”. Agora, passados 18 anos em que foi eleito vice-prefeito, Cambuí, que sempre foi de extremos, se inclinou à extrema direita, representada no Brasil, pelo não reeleito Jair Bolsonaro. E não conformado com a derrota, o ex-prefeito se reuniu com pouco mais de meia dúzia de apoiadores, para contestar a lisura Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na condução das eleições do domingo (30). E, dado a sua insignificância, pois nem vereador João Cambuí consegue mais se eleger, o canhestro comete o acinte de dizer que não aceita a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, uma conduta inadmissível para um cidadão, que um dia, representou Livramento com o cargo de vice-prefeito, inclusive tendo o voto deste colunista que vos escreve. Portanto, João, enquanto ex-eleitor, livramentense, já que você se tornou uma figura folclórica e diletante, respeite ao menos, os livramentenses, que um dia, te elegeram vice-prefeito.