Coluna do Tiago

Capitaneado por difusos cabos eleitorais em Livramento, na Câmara, Arthur Maia se notabilizou como inimigo do trabalhador e do aposentado

Na Câmara, Arthur Maia é contra a realização de concursos públicos e quer cobrança de mensalidade nas universidades

Por Tiago Rego* | Jornalista

  • A política é, sem sombra de dúvidas, a nossa maior arte social, apesar da consciência política ser acessível a uma parcela muito ínfima da população, o que gera um efeito devastador, afinal, povo despolitizado, é povo oprimido, mas o objetivo desta coluna não é entrar nesta seara sociológica. Nesta quarta-feira (28), recebi um panfleto com a foto de um ex-prefeito de Livramento, em amarelo mesclado com tons azul claro, pedindo voto para Arthur Maia, do União Brasil. Até aí, tudo bem, pois faz parte do rito democrático, mas eu fiquei me perguntando como é que ele e seu pequeno grupo de difusos cabos eleitorais têm coragem de emprestar os seus nomes para este fim? Pois, Arthur Maia representa o que há de pior e mais podre na vida pública, por conta que seu mandato na Câmara Federal sempre esteve a desserviço da população. E, para aqueles que não sabem quem é Arthur Maia e, de repente, pretendem votar nele de forma inconsciente e mecânica, em Brasília, Maia é conhecido como inimigo do trabalhador e do aposentado. Só para resumir, Arthur Maia foi um dos responsáveis pelo desmantelamento das leis trabalhistas brasileiras, o que empurrou quase que a metade da massa trabalhadora do país para informalidade, ou como é mais conhecida esta modalidade de trabalho, o famigerado ‘bico’. O deputado também foi relator da reforma da Previdência, que praticamente retirou do trabalhador brasileiro o direito de se aposentar. E não para por aí: o parlamentar também foi relator de uma PEC (Projeto de Emenda à Constituição) que prevê o fim da estabilidade do funcionário público, condição fundamental para o exercício de fiscalização que qualquer cargo público exige e, mais, Maia também é a favor que o Estado não promova concursos públicos, o que transformaria o serviço público brasileiro em um grande cabide de empregos para apadrinhados dos currais eleitorais do qual Arthur Maia faz parte. E você pensa que para por aqui? Não! Arthur Maia também é favor da cobrança de mensalidades nas universidades públicas, o que resultaria na dificuldade de acesso ao ensino superior por parte de estudantes pobres das periferias de todo país e, claro, do sertão. Por tudo isso, não se trata aqui de discordância ideológica, mas de alerta que minha função social de jornalista me legitima a fazer, apesar do meu alcance não ter a extensão que eu gostaria, mas aviso a você, livramentense: Arthur Maia não merece seu voto.

*Tiago Rego é jornalista formado pela Faculdade de Comunicação (Facom) da Universidade Federal da Bahia, especialista em democracia digital, marketing político em redes sociais e redes de afeto político e analista de marketing político em formação. 

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