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Editorial: Voto útil já! Pelo bem das instituições brasileiras e sob o risco de mais derramamento de sangue, Bolsonaro não merece 2º turno

É preciso não dar a Bolsonaro a chance de repetir no Brasil um novo Capitólio, sob o risco de mais derramamento de sangue

Editorial SN 

  • Muito tem se criticado a tentativa do PT e de Lula da busca pelo voto útil, principalmente pelos candidatos que estão em desvantagem nas pesquisas, como é o caso de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB). Pragmatismos políticos à parte, a bem da verdade, o voto útil em nada fere o rito democrático, e só desagrada aqueles que ainda querem negociar barganha no 2º turno. Além de não desrespeitar a democracia, em tempos em que o fascismo bolsonarista não quer se desgarrar do poder, nem que isso custe a vida de pessoas,  o voto útil se tornou uma responsabilidade cívica. Nestas eleições, o voto útil não é sobre passar pano para os erros históricos de Lula e do PT, não se trata disso. É claro que é preciso ter consciência dos desvios de conduta do PT quando a sigla ocupou o poder durante 13 anos e, portanto, não cabe aqui qualquer tipo de comparativo moral entre ‘mensalão’ e ‘orçamento secreto’, a questão é mais ampla e complexa: é preciso não dar a Bolsonaro a chance de repetir no Brasil um novo Capitólio, sob o risco de mais derramamento de sangue, pois as mortes de apoiadores de Lula já deixaram de ser um exemplo isolado. É preciso garantir que nossas sólidas instituições não sejam desrespeitadas por um ex-militar expulso do Exército que desde o primeiro dia provou não estar a altura do cargo que ocupa; de um diletante que chegou ao Executivo nacional pela democracia do voto popular, mas coloca em dúvida a lisura do sistema eleitoral brasileiro, que é exemplo mundial de eficiência e transparência e, para isso, a derrota de Bolsonaro deve ser por uma margem que o deixe envergonhado e que o ponha no lugar de sua pequeneza. Brasileiros, às urnas! Coragem! Voto útil já!

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