Opinião

Bolsonaro reduz bicentenário da Independência em afirmação sobre disfunção erétil

Por Carol Lacerda | Jornalista

  • Até aqueles que consideram Jair Bolsonaro (PL) o pior político que passou por terras brasileiras, se surpreendem com sua diletância. Neste 7 de Setembro, dia em que se comemora o bicentenário da Independência do Brasil, o ‘mito’ de alguns reduziu a data a uma patética declaração sobre sua suposta virilidade — ao discursar para seus asseclas em Brasília, Bolsonaro puxou o coro de ‘imbroxável’, palavra esta que não faz parte da norma culta, mas serve para denominar indivíduos que têm 100% de performance sexual — , entre outros bolsonarismos, que não são dignos de nota. Atrás nas pesquisas de intenção de voto, restou ao incumbente sacrificar o marco cívico em prol de suas pretensões eleitorais, que mesmo com todo esforço da máquina estatal, a esta altura do campeonato, pode até dar uma injeção de ânimo em sua militância, mas não será capaz de mudar o quadro eleitoral. No entanto, nem mesmo o seu insucesso nas urnas será capaz de aplacar a derrota dos mais 215 milhões de brasileiras e brasileiros, que poderiam na data do 7 de Setembro, conhecer mais sobre a relevância de dois séculos de Independência, mas no Brasil de Bolsonaro, em que homens têm que afirmar virilidade como forma de autoridade, seja por meio de sua genitália ou por extensão do calibre das armas, que mulheres são reduzidas a máquinas de prazer sexual, certo mesmo é quem se preocupou com o jogo do Flamengo, quem passou o dia na praia ou em algum barzinho espairecendo com um copo de cerveja, pois Bolsonaro cansa, aliás, brocha.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo