Livramento

Exclusivo: Em áudio, membro da comissão de festa da Estocada diz que razões políticas poderão impedir comerciantes de instalarem barracas; ordem teria partido do próprio prefeito

De acordo com Vilson, caso houvesse contestação, o prefeito pede que o procure pessoalmente

Por Tiago Rego | Jornalista

  • Na tarde desta quarta-feira (18), a redação do Sudoeste em Pauta – Notícias (SN) recebeu um áudio (ouça abaixo), que se trata de uma conversa entre o barraqueiro Leo Malheiros e um membro da comissão que está organizando a logística de instalação de barracas na festa da Estocada, Vilson Santos, em que evidencia que o prefeito Ricardo Ribeiro (REDE), o Ricardinho, está fazendo uso de critérios políticos para impedir que três comerciantes, no caso, o próprio Leo Malheiros, Beto Ribeiro, também conhecido como Beto da Barraca, e Cristiano, conhecido por Tim, instalem barracas nos festejos juninos do referido bairro. “Por decisão lá, que já vem do prefeito, ele [Ricardinho] explicou pra gente, que ele não tem perfil de perseguidor, porém, ele deixou claro sobre a democracia, o direito do voto, ele entende tudo isso. Mas no último pleito, teve algumas pessoas que estavam do lado oposto, que criaram alguma situação, falando mal da pessoa dele e da gestão. Isso em redes sociais, que ele por ser a pessoa hoje que faz a festa, que arca com a despesa da festa, aí ele deixou claro que essas pessoas não iriam usar o espaço lá para este fim de colocar barraca. Foi o Tim, Beto e você [Leo Malheiros]”, diz Vilson. Vilson ainda se justificou dizendo que faz parte da organização do evento, mas que não arca com os custos da festa, que a ordem teria vindo do próprio prefeito. “Infelizmente, nós somos organizadores, não somos realizadores do evento, aí ele [Ricardinho] fez esta solicitação por questões políticas. Se algum deles fizer algum questionamento com vocês, pode mandar me procurar”, disse Vilson. Segundo apurou nossa equipe de reportagem, o bairro Estocada dispõe de uma associação de bairro, em que seus sócios pagam mensalidades todos os meses e, com isso, os associados têm preferência pelo espaço. Em contato com o vereador Josemar Miranda (PSD), o Zemar, que se pronunciou a respeito da situação da última sessão da Câmara de Vereadores, este por sua vez, afirmou que pretende judicializar a questão, já que, de acordo com Zemar, se trata de um explícito caso de perseguição política com dinheiro público, sem qualquer base constitucional.

 

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo