Livramento

Indiferente à Covid-19, Ricardo Ribeiro teve participação nula na contenção da doença em Livramento

Livramento está há 14 dias sem casos ativos da Covid-19

Por Tiago Rego | Jornalista

  • Aos poucos, os moradores de Livramento de Nossa Senhora, no Médio Sudoeste, estão abandonando as famigeradas máscaras, os restaurantes e bares voltaram a ser frequentados, shows de músicas foram retomados, e eventos esportivos estão acontecendo por todo município. Isso porque, há 14 dias, Livramento está com os casos ativos de Covid-19 zerados. Mas a responsabilidade direta pelo atual quadro pandêmico vivenciado pela cidade deve-se única e exclusivamente ao processo de vacinação, com participação nula do prefeito Ricardo Ribeiro (Rede), o Ricardinho, que desde o início da pandemia, se mostrou indiferente à doença, quando por diversas vezes foi flagrado sem máscara, inclusive no período eleitoral de 2020. E a indiferença do gestor custou caro aos livramentenses, pois Livramento lidera um ranking para lá de indesejado — a de ser a cidade mais letal da Bacia do Paramirim, composta por 14 municípios. Ao todo, foram 86 mortes por Covid — . Não que Ricardinho seja o responsável pelos óbitos, mas um lugar reflete o comportamento de seu líder. Apesar de apático ao vírus, justiça seja feita, pelo menos o prefeito não emulou o presidente da República Jair Bolsonaro (PL), a quem, certamente, deverá votar neste ano, não assumindo, evidentemente, dada a rejeição que o ex-capitão terá em Livramento e restante da Bahia. Entretanto, mesmo não tendo desqualificado a vacina, e não ter propagandeado curas milagrosas através de remédios sem eficácia, o alcaide foi totalmente insensível com as famílias das 86 vítimas. Não houve qualquer tipo de pronunciamento no sentido de prestar solidariedade, nem se quer um vídeo artesanal desses que Ribeiro grava nos canteiros de suas obras. Outro aspecto, ficou por conta da participação da Secretaria de Saúde, que sob a gestão Ricardinho, não realizou nenhuma campanha, não distribuiu máscaras de pano e nem descartáveis, não distribuiu álcool em gel, não veiculou panfletos informativos, e nem montou estandes em pontos específicos de Livramento para poder orientar a população, com exceção de lavabos feitos com tambor, que foram instalados no Centro, mas que dificilmente continham água e sabão. Com tudo isso, sob a batuta do prefeito, Livramento não criou o que os epidemiologistas chamam de cultura pandêmica, ficando a cargo do municípe obter suas próprias informações para proteção individual. Dando a César o que é de César — Quando a OMS – Organização Mundial de Saúde – declarou que a doença havia alcançado nível global, Ricardinho promoveu um ‘lockdown’ em Livramento, mas a medida foi equivocada, pois foi adotada quando a cidade ainda não tinha nem caso de contágio, o que prejudicou demasiadamente o comércio, mas pelo menos serviu para deixar a população em estado de alerta, o que em tempos pandêmicos, é de suma importância para o não alastramento de uma doença viral.

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